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A Vida é um Delírio, desenho e texto de Prado
O domínio de predilecção do autor encontra-se no realçar das contradições humanas, da estupidez e da maldade.
Prado não está longe de descrever na perfeição os obscuros sentimentos que nos invadem num momento ou noutro…
Esta obra reúne, num só, os 3 livros mais aclamados e vendidos de Prado, constituídos por histórias curtas que constituem uma sátira aos nossos hábitos quotidianos.
Autor: Prado
Editor: Público e ASA
Género: Banda Desenhada
Vai decorrer nos dias 11 e 12 de Abril, no Centro Cultural Olga Cadaval, o 6.º Encontro Eterna Biblioteca de professores e educadores de Sintra sobre Bibliotecas Escolares. O programa é o seguinte:
O Lama Branco-O Primeiro Passo/O Lama Branco-A Segunda Visão, desenho de Bess e texto de Jodorowsky
O milenar Grande Lama Migmar retoma o ciclo das reencarnações, para recuperar, a bem do templo e de todo o Tibete, um corpo vigoroso e uma alma guerreira. A missão não está em causa. Mas Migmar reencarna, contrariando as expectativas dos mestres, numa criança branca, nascida acidentalmente nos picos tibetanos…
Autor: Bess e Jodorowsky
Editor: Público e ASA
Género: Banda Desenhada
Âromm-Destino Nómada Âromm/Coração da Estepe, desenho de Pellejero, texto de Zentner
Setak e Talïz, dois velhos guerreiros, continuam a defrontar-se, através dos seus dois filhos, Nilb e Âromm.
Como garantia de paz, Talïz traz a jovem filha do rei Burno para casar-se com o filho de Setak. Mas este tem sede de vingança e, disposto a tudo para atingir os seus fins, seduz habilmente Âromm e Nilb, acabando finalmente por desaparecer.
Amor, ódio, paixão e vingança são as únicas leis dos bárbaros, que consagram a própria vida à morte e à pilhagem.
Âromm, guiado pelos espíritos da estepe, conseguirá fugir do seu destino?
Autor: Pellejero e Zentner
Editor: Público e ASA
Género: Banda Desenhada
Destino Adiado (2 capítulos), desenho e texto de Gibrat
Morte. Tranquila. Penosa. Por detrás das persianas semicerradas do seu esconderijo, Julien assiste ao seu próprio funeral. Mas o que podemos fazer quando somos obrigados a esconder-nos? Nada, a não ser ouvir as conversas do café das Tílias ou respirar o ar da noite, longe dos olhares curiosos. E olhar para Cécile, a paixão de Julien, que trabalha no Café. Cécile com quem não pode falar, a quem não pode tocar.Tranquila, penosa? Nesse mês de Junho de 1943 em Cambeyrac, a calma é mera aparência, o prazer de ver não passa de uma ilusão. A milícia do Marechal Pétain acaba de ser criada e as colunas de blindados alemães não tardarão a aparecer…
Autor: Gibrat
Editor: Público e ASA
Género: Banda Desenhada
A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem. Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina.
Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de baptismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.
Lenda do Folar da Páscoa. In Diciopédia X [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2006. ISBN: 978-972-0-65262-1
Comemora-se hoje o Dia Mundial da Poesia, e terminamos a série “um poema por dia” iniciada há onze dias. Por ser também o dia mundial da árvore, a escolha do poema parece-nos adequada:
Árvore, cujo pomo, belo e brando
Árvore, cujo pomo, belo e brando,
natureza de leite e sangue pinta,
onde a pureza, de vergonha tinta,
está virgíneas faces imitando;
nunca da ira e do vento, que arrancando
os troncos vão, o teu injúria sinta;
nem por malícia de ar te seja extinta
a cor, que está teu fruito debuxando.
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
a meu contentamento, e favoreces
com teu suave cheiro minha glória,
se não te celebrar como mereces,
cantando-te, sequer farei contigo
doce, nos casos tristes, a memória.
Luís Vaz de Camões
Comemora-se amanhã o Dia Mundial da Poesia. Aqui fica mais um poema da série que iniciámos há 10 dias:
Trova do vento que passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio – é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
Curiosidades sobre a Páscoa (recebidas por e-mail)
A Páscoa é sempre o primeiro Domingo depois da primeira lua cheia depois do equinócio de Primavera (20 de Março). Esta datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano.
Este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os mais velhos da nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais velhos do que 95 anos!).
1) A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como este ano (23 de Março) será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913.
2) Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março, será no ano 2285 (daqui a 277 anos).
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