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MIBE - A biblioteca escolar é super!

MIBE – A biblioteca escolar é super!

Como habitualmente, outubro é o mês em que celebramos as Bibliotecas Escolares em todo o Mundo. O tema definido pela International Association of School Librarianship (IASL) para 2015 é: A biblioteca escolar é super!

Uma das atividades previstas para este ano é o Toca a Tweetar. Assim convidamos os elementos da comunidade educativa a escreverem tweets sobre o valor da biblioteca escolar (BE), usando a hashtag #MIBE15 e citando o twitter da Biblioteca: @BEaelc

Para poupar carateres, os alunos deverão indicar a que turma pertencem (por exemplo, 5.º C) e os restantes membros da comunidade deverão apenas indicar no fim do tweet em que qualidade escrevem, usando uma das seguintes iniciais:

• Professor(a) – P
• Encarregado de Educação – EE
• Assistente técnico – AT
• Assistente operacional – AO
• Autarquia – A
• Outro – O

A Rede de Bibliotecas Escolares irá selecionando as frases mais interessantes para publicar ao longo do mês no destaque do seu portal.

A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem. Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina.
Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de baptismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

Lenda do Folar da Páscoa. In Diciopédia X [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2006. ISBN: 978-972-0-65262-1

Curiosidades sobre a Páscoa (recebidas por e-mail)

A Páscoa é sempre o primeiro Domingo depois da primeira lua cheia depois do equinócio de Primavera (20 de Março). Esta datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo hebreu usava para identificar a Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel no calendário romano.
Este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! E só os mais velhos da nossa população viram alguma vez uma Páscoa tão temporã (mais velhos do que 95 anos!).
1) A próxima vez que a Páscoa vai ser tão cedo como este ano (23 de Março) será no ano 2228 (daqui a 220 anos). A última vez que a Páscoa foi assim cedo foi em 1913.
2) Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março, será no ano 2285 (daqui a 277 anos).

 

Hoje o “Correio de S. Valentim” interrompeu-me as aulas. Foi insólito mas agradável. O amor precisa de ser celebrado todos os dias.

Peço o pequeno contributo de Eugénio de Andrade:

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

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No âmbito da comemoração do 20.º aniversário da escola, cujas cerimónias oficiais decorreram hoje, dia do nascimento do nosso patrono, realizou-se na Biblioteca uma exposição de jornais escolares. Desde o primeiro número, ainda manuscrito, há duas décadas, até ao ano lectivo 2005/6 (a partir do qual o nosso “O Mouro” passou a ter apenas a sua versão electrónica), são dezenas e dezenas de exemplares (durante três anos lectivos teve periodicidade mensal!) que testemunham as vivências de uma comunidade escolar que hoje esteve em festa!

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Comemorou-se hoje o 20.º aniversário da nossa escola. Não porque a escola tenha iniciado as suas funções faz hoje 20 anos (pois nesse caso tê-lo-íamos celebrado Setembro de 2007), mas porque se comemora hoje o aniversário de nascimento do nosso patrono, Padre Alberto Neto. Assim, institui-se o dia 11 de Fevereiro como o dia do patrono, e o dia de hoje foi um dia especial na escola, cheio de actividades desportivas, culturais e artísticas, de que daremos conta em entradas posteriores. Na Biblioteca e na  Galeria de Exposições decorreu  uma exposição de trabalhos de alunos e vários documentos relacionados com o patrono. O padre Alberto Neto, pároco de Rio de Mouro à data da sua morte (num crime hediondo ainda por resolver), além de um sacerdote de eleição, foi um pedagogo admirável, preocupado com a educação integral do ser humano, e com a promoção de valores éticos fundamentais.

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Comemoram-se hoje os 400 anos do nascimento do Padre António Vieira

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«Pregador que peleja com as armas alheias, não hajais medo que derribe gigante.»
In Sermão da  Sexagésima. Pregado na Capela Real, no ano de 1655

pantvieira.jpg

Óleo sobre tela de autor desconhecido, 1680 x 1280 mm. Casa Cadaval, Muge, Portugal.

Comemoram-se este ano os 400 anos do nascimento daquele que foi um dos maiores escritores da lusofonia e cuja prosa marcou definitivamente a moderna língua portuguesa. Não se adivinham grandes comemorações à volta da data, o que é pena, pois seria uma excelente a oportunidade de dar a conhecer às gerações mais jovens um dos seus mais notáveis antepassados, e demonstrar como a sua genialidade de quase quatro séculos se mantém inapelavelmente actual. Como o demonstra este breve excerto:

«(…) A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. (…) Olhai, peixes, lá do mar para a terra. Não, não: não é isso o que vos digo. Vós virais os olhos para os matos e para o sertão? Para cá, para cá: para a cidade é que haveis de olhar. Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros? Muito maior açougue é o de cá, muito mais se comem os brancos. Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão-de comer e como se hão-de comer.»
Sermão de Santo António aos Peixes, pregado na cidade de São Luís do Maranhão em 1654

Ligações:

Trabalho realizado pelos alunos do Clube de Artes Plásticas, ano lectivo 2006/07.

Decorreu na nossa escola, na passada sexta-feira, o colóquio “Alberto Neto e os escritores de 1907”, com a presença dos professores universitários Fernando Catarino e José Manuel Cymbron, no âmbito das comemorações do 20.º aniversário da nossa escola. A conversa decorreu em torno do Padre Alberto Neto, patrono da escola, e dos escritores Miguel Torga, Jorge Dias e Carlos Queiroz, cujo centenário do nascimento se comemora este ano. O evento contou ainda com dois momentos musicais e concluiu-se com a colocação, no exterior da escola, dos ninhos de poemas que estiveram em exposição na Biblioteca.

Deixamos aqui os textos que serviram de inspiração ao colóquio:

Cercadas de abismos
Por todos os lados
As almas são ilhas
Em nós sepultadas.
Ilhas solitárias
Sem pontes, sem túneis,
Sem possível tráfego
De umas para as outras.
Ilhas assombradas
As almas parecem.
Deus se compadeça
Do nosso arquipélago!

——————–

É urgente descobrir
Na flora da fantasia
Uma espécie de semente
Que gere a pura alegria
E se possa produzir
Nas almas de toda a gente

Carlos Queiroz

________________________________________

MENSAGEM

Vinde à terra do vinho, deuses novos!
Vinde, porque é de mosto
O sorriso dos deuses e dos povos
Quando a verdade lhes deslumbra o rosto.

Houve Olimpos onde houve mar e montes.
Onde a flor da madrugada deu perfume.
Onde a concha da mão tirou das fontes
Uma frescura que sabia a lume.

Vinde, amados senhores da juventude!
Tendes aqui o louro da virtude,
A oliveira da paz e o lírio agreste…

E carvalhos, e velhos castanheiros,
A cuja sombra um dormitar celeste
Pode tornar os sonhos verdadeiros.

———————————

PARA A VIAGEM
Apresta o coração como um veleiro
Que vai atravessar o tormentoso.
Luz contra o nevoeiro,
E a bandeira de um sonho generoso
Mais alta do que os gritos do gajeiro

———————————-

ESTRELA DO OCIDENTE

Por teus olhos acesos de inocência
Me vou guiando agora, que anoitece.
Rei Mago que procura e desconhece
O caminho,
Sigo aquele que adivinho
Anunciado
Nessa luz só de luz adivinhada,
Infância humana, humana madrugada.

Presépio é qualquer berço
Onde a nudez do mundo tem calor
E o amor
Recomeça.
Leva-me, pois, depressa,
Através do deserto desta vida,
À Belém prometida…
Ou és tu a promessa?

———————————-
A S. FRANCISCO DE ASSIS

Louvado sejas, meu irmão poeta,
Pela beleza excelsa do teu canto,
O mais singelo,
Singular
E santo
De quantos se entoaram neste mundo.
Louvado sejas pelo profundo
Sentimento de paz
Que nele nos dás, cego a exaltar o sol,
Podre a exaltar a vida,
E até rendido aos pés da própria morte,
Nossa nocturna irmã sem caridade.
E louvado também pela humildade
Tutelar
Da tua inspiração,
Que soube, humanamente, ser do chão,
Mesmo erguida nas asas e a voar…

SEI UM NINHO
Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar…

Miguel Torga

_________________________________________________

«Um vez, um home de Rio de Onor, que tinha um filho a fazer serviço num regimento de Bragança, precisou dele para o ajudar na segada do centeio. Meteu-se ao caminho e, quando chegou a Bragança, dirigiu-se ao quartel e disse que queria que lhe dessem licença para o filho vir ajudar à segada. Responderam-lhe que só o comandante podia fazer tal coisa. Dise então que queria falar com o comandante. Mas como o informassem de que este não estava, insistiu em falar com ele, estivesse onde estivesse. Disseram-lhe então que fosse a uma determinada praça da cidade, onde costumava estar àquela hora a conversar com os amigos, e que o reconheceri facvilmente, porque era um oficial alto e já idoso. O homem lá foi. Chegou à praça e viu um oficial como o que lhe descreveram, e ditrigiu-se-lhe nos seguintes termos:
Tu de la correia, tu sôs quên manda nus soldaus?
O comandante disse-lhe que sim e perguntou-lhe o que queria.
Tengo un fio qui iè soldau que benga pa cassa a facer a segada.
O comandante achou graça àquela franqueza rude, pediu o número do rapaz e deu-lhe a licença desejada.»

Jorge Dias

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«A primeira grande virtude do educador é não ter demasiadas certezas. (…) a única certeza que pode ter é de que, nas questões da vida e do amor, e de todos estes grandes mistérios vitais, a grande sabedoria é a capacidade de procura e de pesquisa permanente (…)»

«É muito fácil dizer ao inferior: “sim, sim; não, não”. Mas é tão difícil dizer ao superior, com a mesma simplicidade: “Não é verdade”.

Padre Alberto Neto

____________________________________

Poema cantado pelos alunos:

APRENDER A ESTUDAR

Estudar é muito importante,

mas pode-se estudar de várias maneiras….

Muitas vezes estudar não é só aprender

o que vem nos livros.

Estudar não é só ler nos livros

que há nas escolas.

E também aprender a ser livre,

sem ideias tolas.

Ler um livro é muito importante,

ás vezes urgente.

Mas os livros não são o bastante

para a gente ser gente.

É preciso aprender a escrever, mas também a viver, mas também a sonhar.

É preciso aprender a crescer,

aprender a estudar.

Aprender a crescer quer dizer:

aprender a estudar, a conhecer os outros,

a ajudar os outros,

a viver com os outros.

E quem aprende a viver com os outros

aprende sempre a viver bem consigo próprio.

Não merecer um castigo é estudar.

Estar contente consigo é estudar.

Aprender a terra, aprender o trigo

e ter um amigo também é estudar.

Estudar também é repartir,

também é saber dar

o que a gente souber dividir

para multiplicar.

Estudar é escrever um ditado

sem ninguém nos ditar;

e se um erro nos fôr apontado

é sabê-lo emendar.

É preciso em vez de um tinteiro,

ter uma cabeça que saiba pensar,

pois, na escola da vida, primeiro está saber estudar.

Cantar todas as papoilas de um trigal

é a mais linda conta que se pode fazer.

Dizer apenas música,

quando se ouve um pássaro,

pode ser a mais bela redacção do mundo…

mas pensar é tudo!

Ary dos Santos

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