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Agora que se aproxima o Natal, é comum o uso de palavras próprias da época, como Pai Natal, bolo-rei e filhó. O problema com estas palavras é que o seu plural nem sempre é corretamente formado.
Começando com o Pai Natal, o plural é «pais natais» e não «pais natal» ou «pai natais». Devemos ainda distinguir entre Pai Natal com maiúscula, quando se refere à «figura representada por um velho de barbas brancas, vestido de vermelho, com origem na lenda de S. Nicolau», e pai natal com minúsculas, quando se trata da «pessoa vestida de Pai Natal» — em qualquer dos casos, sem hífen.
Também o plural de bolo-rei é bolos-reis. Vão geralmente para o plural ambos os elementos de uma palavra composta de dois substantivos, como é o caso deste bolo típico da quadra natalícia.
Já no caso da filhó, aqui o erro é ainda mais frequente. É muito comum a utilização de filhós no singular («uma filhós»), que no plural se transforma em filhoses. Há já mesmo dicionários que registam estas duas formas. Contudo, o mais correto deverá ser filhó (singular) e filhós (plural).
Decorreu hoje na biblioteca a final do concurso de ortografia do 5.º ano. A grande vencedora foi a Carina Antunes, que acertou todas as 24 palavras do concurso. Em 2.º lugar ficou a Beatriz Silva e em 3.º a Helena Diallo. Todos os participantes receberam um certificado de participação, e os três primeiros receberam também livros de literatura infanto-juvenil
O Portal da Língua Portuguesa disponibiliza, neste endereço, a lista de palavras que sofrerão alterações com a entrada em vigor do novo acordo ortográfico.
De encontro a ou ao encontro de
Embora significando coisas diferentes, muitas pessoas utilizam as expressões “de encontro a” e “ao encontro de” de forma indiscriminada.
Ao encontro de tem o sentido de «em busca», «na direcção de», «encontrar-se com», «sair ao caminho», «ir ter com quem vem», «sair à frente de». Ex. «Eles foram ao encontro dos seus amigos [eles foram encontrar-se com os amigos]». Também pode significar «dar solução ou satisfação a», como, por exemplo, «As medidas do governo vão ao encontro das nossas necessidades».
De encontro a tem um sentido de oposição, de ir contra qualquer coisa. Assim, na frase anterior, se escrevermos «As medidas do governo vão de encontro às nossas necessidades», ela passa a significar que as medidas do governo não dão solução ou satisfação às nossas necessidades. Também se escrevermos «Eles foram de encontro aos seus amigos», o que estaremos a dizer é que eles foram contra os seus amigos, ou que lhes deram um encontrão.
Apercebeu-se que ou apercebeu-se de que?
Deve dizer-se e escrever-se «apercebeu-se de que». Por exemplo: «Ele apercebeu-se de que se tinha enganado a escrever o verbo».
Aperceber-se, como sinónimo de «dar-se conta», «tomar consciência», exige a preposição «de». Já «perceber», no sentido de «compreender», não precisa do «de». Por exemplo: «Ele percebeu que se tinha enganado a escrever o verbo».
Pode contudo utilizar-se «perceber de» no sentido de «saber muito sobre determinado assunto». Por exemplo: «Ele percebe muito de Matemática».
Descriminar ou discriminar…
Ambos os verbos existem, a sua utilização é que por vezes não é adequada ao contexto. Assim, descriminar significa descriminalizar (forma preferível), isto é, isentar de culpa, tornar evidente a ausência de crime, absolver. O problema é quando se usa descriminar para designar a acção de tratar mal ou de modo injusto, desigual, um indivíduo ou grupo de indivíduos, em virtude de alguma característica pessoal, cor da pele, classe social, convicções, etc. Neste caso deve usar-se discriminar, para evitar que nos incriminem por tratar mal a língua portuguesa.
Antártida, Antártica, Antárctida, Antárctica…
Uma simples busca na Internet apresenta-nos milhares de ocorrências de cada uma das quatro formas, mas somente duas delas estão correctas no português de Portugal e não significam o mesmo. Antártida e Antártica, pelo menos até 2017 (quando entrar em vigor o acordo ortográfico), são erros ortográficos. Devemos usar Antárctida para designar a região mais a sul do globo terrestre, isto é, o território situado em volta do Pólo Sul . Quanto a Antárctica, deve ser usado apenas como adjectivo, para qualificar o que se refere à Antárctida. As secções meridionais dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico formam o oceano Antárctico, que envolve a Antárctida.
Rúbrica ou rubrica?
O substantivo que designa uma assinatura abreviada, geralmente reduzida às iniciais, ou a indicação geral do assunto e/ou da categoria de algo, escreve-se rubrica e não rúbrica.
“O síndrome” ou “A síndrome”?
Síndrome (ou síndroma) designa um conjunto de sinais e sintomas observáveis em vários processos patológicos diferentes e sem causa específica. Normalmente está associada ao nome de uma doença. É um substantivo feminino e por isso deve escrever-se a síndrome (ou síndroma) e não o síndrome.
Iniciamos hoje uma nova rubrica no “ler para crer” acerca de algumas das principais dúvidas da Língua Portuguesa. Todas as semanas, uma dúvida é respondida…
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Reboliço ou rebuliço?
Quando queremos descrever uma grande agitação, confusão, desordem, bulha, devemos escrever rebuliço. Reboliço também existe, mas para designar algo que rebola ou em forma de rebolo.
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