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Concluímos hoje a publicação dos vídeos produzidos no âmbito da iniciativa «…Diz lá um poema» de comemoração do Dia da Árvore/Dia da Poesia. Terminamos com Jorge Sousa Braga, dito por professores e alunos da escola.
Continuamos com a publicação dos vídeos produzidos no âmbito da iniciativa «…Diz lá um poema» de comemoração do Dia da Árvore/Dia da Poesia. Hoje com Miguel Torga, Jorge Sousa Braga e poemas originais do 6.º 5.ª, ditos por professores e alunos da escola.
Continuamos com a publicação dos vídeos produzidos no âmbito da iniciativa «…Diz lá um poema» de comemoração do Dia da Árvore/Dia da Poesia. Hoje com Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa, Jorge Sousa Braga e poemas originais do 6.º 5.ª, ditos por professores e alunos da escola.
Continuamos com a publicação dos vídeos produzidos no âmbito da iniciativa «…Diz lá um poema» de comemoração do Dia da Árvore/Dia da Poesia. Hoje com Jorge Sousa Braga, Olavo Bilac, José Gomes Ferreira e poemas originais do 6.º 5.ª, ditos por professores e alunos da escola.
Integrado no programa de comemorações do Dia da Árvore e do Dia da Poesia, concluímos hoje a publicação de uma colectânea de 20 poemas sobre a árvore ou a natureza.
Raízes
Quem me dera ter raízes,
Que me prendessem ao chão.
Que não me deixassem dar
Um passo que fosse em vão.
Que não me deixassem crescer
silencioso e erecto,
como um pinheiro de riga,
uma faia ou um abeto.
Quem me dera ter raízes
Raízes em vez de pés.
Como o lódão, o aloendro,
O ácer e o aloés.
Sentir a copa vergar,
Quando passasse um tufão.
E ficar bem agarrado,
pelas raízes ao chão.
Jorge Sousa Braga
Integrado no programa de comemorações do Dia da Árvore e do Dia da Poesia, continuamos hoje com publicação de uma colectânea de 20 poemas sobre a árvore ou a natureza, maioritariamente de autores portugueses.
A árvore da borracha
As árvores também se enganam,
mão a somar ou a subtrair,
Mas a florir!
Nem por isso ficam preocupadas.
Há sempre uma árvore da borracha,
mesmo à mão para apagar,
os erros que dão.
Jorge Sousa Braga
Integrado no programa de comemorações do Dia da Árvore e do Dia da Poesia, continuamos hoje com publicação de uma colectânea de 20 poemas sobre a árvore ou a natureza, maioritariamente de autores portugueses.
A lúcia-lima
Não tem boca nem pulmões.
Que não tenha não admira,
porque é pelas folhas,
que a Lúcia-lima respira
Não tem boca nem pulmões,
nem veias, a Lúcia-lima!
Mas tem seiva, quanto basta,
a subir pelo caule acima.
E se porventura a ferirem,
acaba por cair no chão
A não ser que alguém lhe dê
logo uma transfusão.
Jorge Sousa Braga
Integrado no programa de comemorações do Dia da Árvore e do Dia da Poesia, continuamos hoje com publicação de uma colectânea de 20 poemas sobre a árvore ou a natureza, maioritariamente de autores portugueses.
As árvores e os livros
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
Jorge Sousa Braga
Integrado no programa de comemorações do Dia da Árvore e do Dia da Poesia, continuamos hoje com publicação de uma colectânea de 20 poemas sobre a árvore ou a natureza, maioritariamente de autores portugueses.
O meu caderno de folhas
Tenho folhas lanceoladas
lobadas, lineares,
redondas, sagitadas,
elípticas, ovalares,
pilosas ou ciliadas,
filiformes, triangulares,
inteiriças, espatuladas,
em forma de coração.
E folhas A4 e A5,
lisas ou quadriculadas.
Mas estas não são
para aqui chamadas,
– Ou serão?
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